sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Desenterrando

Sabe quando você lê histórias fofas e bestas? Daquelas com romances patéticos em que o casal de adolescentes passa por um monte de coisa até conseguir demonstrar seus sentimentos e enfim viver finalmente felizes? Aquelas histórias que dariam quase um roteiro de malhação, não fosse pela falta de vilões possessivos e mocinhas choronas!
Pois é, passei a manhã lendo essas histórias, e vou contar pra vocês raros ou talvez inexistentes leitores, que me deixaram com uma puta vontade de viver um romance patético adolescente, nem tão inocente mas também nada muito selvagem. Aqueles romances de fazer não dormir direito a noite, de não conseguir prestar atenção nas coisas importantes.  Bateu aquela carência ferrada mesmo aehiaheaiuehaiehaiueae
Mas sabe, dá até pra pensar que eu vivo romance tipo malhação... A diferença é  que eu não sou a mocinha chorona muito menos a vilã que quer roubar o mocinho gato pra sempre, gosto de pensar assim, torna as coisas mais divertidas e menos difíceis, ver a vida como um roteiro de filme/livro. Como se cada dia fosse um capítulo novo, e a cada capítulo que viesse, novas coisas seriam descobertas, novos caminhos seguidos....

Viver um dia de cada vez

é eu acho que fiz uma meleca de texto, pq começei falando de uma coisa e terminei falando de outra
foda-se o blog é meu e ngm lê mesmo
então, bye

terça-feira, 26 de outubro de 2010

A importância de um P.A

Pra quem lia meu Blog antigo, já deve ter ouvido falar em tempos muito remotos, sobre esse assunto. Porém estou com vontade de escrever e me veio a cabeça, depois de ler uma frase no Facebook "Tem coisas que só um Pinto Amigo faz por você!".


O Pinto Amigo ou Fuck-Friend, nada mais é do que aquele cara que está ali pra qualquer hora, mas qualquer hora meeesmo, principalmente as de maior necessidade, e é ele quem irá lhe proporcionar TUDO o que você quiser/precisar. É importante ressaltar que com um pinto amigo, o único intuito é o da diversão e prazer, não se pode apegar, é expressamente proibido se apaixonar, os 'profissionais' dizem que não deve haver nenhum tipo de sentimento, mas na minha humilde e leiga opinião, acho que se não houver o mínimo de carinho e confiança, acaba virando algo sem sentido e ai é melhor ir pra zona mesmo que lá você vai receber por isso (toddybrinks).
O P.A. irá suprir suas carências e talvez até ligue no dia seguinte ou te acorde com o café da manhã, não há o compromisso de um relacionamento sério e fixo, não há problema com cobranças ou brigas, o P.A. tem o único dever de te satisfazer. E ele tem um grande destaque no circulo feminino, como me disseram uma vez "Uma atenção bem dada para uma guria... Rende até 4 indicações positivas. Porém, se o serviço não é bem prestado, gera até 14 indicações negativas."


Maaaaaaas queridas leitoras que se interessaram, é importantíssimo saber 'escolher' o seu P.A., vamos a alguns itens, que eu roubei lá do Papo de Homem :
Basicamente, o P.A. é alguém que você já conhece e confia, e:
~ Se sente a vontade conversando;
~ Já paqueraram antes e rola aquela química total;
~ Tem uma boa ideia do histórico sexual/DSTs dele; (importantíssimo)
~ E não ser o seu EX. Como o próprio nome já diz é P.A. e não P.EX. (importantíssimo 2)


Creio que não haja nenhuma desvantagem em se ter um P.A., mas vale ressaltar, P.A. não é amante, e nem você tem que ser uma, pra ser uma coisa saudável é importante que os dois sejam livres e desimpedidos, só assim pra rolar algo fácil de curtir sem preocupação alguma.
Para saber mais sobre o assunto, procure com quem entende ou leia mais no Papo de Homem citado acima \o







domingo, 17 de outubro de 2010

Cidade maravilha, da beleza e do CAOS


Capítulo II

Minha rua nos finais de semana era meio movimentada devido aos botecos logo no inicio da subida, mas para as 20h de um domingo estava deserta, não havia uma viva alma passando. Dei sinal para o porteiro abrir a porta da garagem e entrei com o meu novo meio de transporte. Parei a moto numa vaga próxima a escadaria e subi até o primeiro andar onde fica meu apartamento. Toda a confusão de antes tinha me deixado cansado e meio perturbado, mas incrivelmente vivo. Fechei a porta atrás de mim e joguei as chaves na mesa da cozinha. Bebi um copo d’água e preparei um sanduíche pra me acalmar um pouco. Peguei o controle e liguei a pequena tv. “O número de casos relatados aumentou consideravelmente. Estima-se que os infectados cheguem a 89 no momento. Por medida de segurança a Ponte Rio-Niterói foi interditada e os aeroportos fechados. Cientistas dizem que a cura ainda está longe de aparecer...”.
Não me espantei com os números, dado o sufoco pelo qual havia passado um tempo antes. Precisava descansar, então tomei um banho e cai na cama como uma pedra.
Devo ter dormido umas 8h, senão menos. Acordei com sons de grito vindo da rua. Levantei-me e coloquei a cabeça pra fora da janela. A mesma cena se repetia, pessoas fugindo dos...zumbis. O porteiro coitado, saiu correndo da guarita em que estava por medo dos zumbis – devia ser uns dez – forçando as grades e estendendo seus braços em direção ao prédio. Já que a possibilidade de entrarem era pequena, não me importei muito...grande erro. Tomei banho, me vesti e tomei uma xícara de café. Novamente ligo a televisão e me deparo com um novo anúncio do jornal: “Foi descoberto por cientistas que essa nova mutação da raiva destrói todo o sistema imunológico do indivíduo”. A cena corta para uma entrevista por telefone com um dos cientistas.

-O novo estágio do vírus da raiva, que agora atinge os humanos, debilita todo o sistema imunológico acabando com os anticorpos do organismo, deixando-o vulnerável à entrada de bactérias e microorganismos, fazendo o infectado entrar em estágio de decomposição.
-Isso quer dizer que eles estão mortos? – perguntou a repórter.
-Bom...eer... sim e não. Veja, essa espécie nova de vírus acaba com o sistema imunológico, deixando a pessoa expostas às bactérias que causam a decomposição quando morremos. Daí o que acontece é que com a entrada das bactérias, todo o organismo entra em colapso. Os rins param de filtrar o sangue, o diafragma se enrijece tornando impossível respirar, o indivíduo sofre convulsões e por fim o coração deixa de bater. Assim sendo, a pessoa é declarada clinicamente morta, já que todas as funções que a deixavam antes viva se desligaram.
-Então como pode eles correrem, porque atacam as pessoas, e como estão vivos??
-Bom, nós sabemos disso porque trouxeram uma pessoa infectada para cá antes de falecer. Achamos que o vírus mantém o cérebro funcionando apesar da falta de oxigenação, e se o cérebro não precisa de oxigênio, por fim todo o resto do corpo também não precisaria, sendo o coração não mais necessário. Depois de um tempo, o cérebro passa a enviar impulsos elétricos para os músculos, e a pessoa “volta a vida”. Não sabemos ainda nem como, nem porque isso ocorre. O que sabemos, porém, é que a decomposição continua a consumir o corpo até que só reste a parte que não serve de matéria orgânica pras bactérias. O fato de os infectados poderem correr e exercer atividade básicas como escalarem pequenas superfícies e segurarem objetos, bom, os músculos passam a fazer respiração anaeróbica, ou seja, sem o uso de oxigênio. O ácido lático produzido é o que causa as cãibras nos seres humanos, mas como aparentemente as terminações nervosas estão mortas, eles não sentem dor nem cansaço. Fizemos alguns testes no espécime capturado, e detectamos que por não se cansarem, os infectados continuam o ritmo de uma corrida por tempo indeterminado. Isso, porém, leva ao desgaste dos músculos das pernas, e quando os músculos forem desgastados o suficiente, não será mais possível correrem de modo que, se tentassem, cairiam, pois não haveria força para isso. Esses seriam os “zumbis” dos filmes populares, que rastejam e mancam, não correm. Quanto ao fato de “caçarem” os seres humanos, não sabemos, o que sabemos é que a única coisa existente na mente deles é o instinto. Pelo vírus ter destruído o lobo frontal, eles não nos reconhecem como pessoas, mas sim como presas. Achamos que o fato de comerem carne humana seja uma tentativa de acabar com a fome que todos sentimos, mas como o sistema digestivo não funciona, não há como retirar energia do “alimento”, sendo a fome insaciável.
-E como as pessoas podem se defender desses seres?
-Já que o vírus misteriosamente se concentra no cérebro, pode-se acabar a ameaça do jeito que conhecemos dos filmes, danificando o cérebro ou decepando suas cabeças.
Desliguei a televisão. Parecia que a situação ia piorar, e muito. Escutei um som de metal vindo lá de baixo. Corri até a janela e me deparei com os zumbis amontoados, fazendo uma espécie de rampa sob o portão, até que ele cedeu e caiu. Decidi que era hora de ir embora dali. Peguei uma mochila e coloquei nela o que achei primordial, garrafa d’água, um tablete de Clor-in que tinha no banheiro, um rolo de papel higiênico dobrado (aquele rolo no meio ocupa espaço), umas barras de cereal e uns dois pacotes de miojo, um mapa de postos de gás e um kit de primeiros socorros. Coloquei uma calça jeans e um par de coturnos que comprei (sou headbanger e servi no exército por um ano), uma camisa e uma jaqueta de couro. Depois de vestido e com a mochila pronta, peguei minha faca de sobrevivência a muito guardada e coloquei-a na cintura junto com meu nextel e minha lanterna recarregável. Fui no meu quarto e peguei um facão com uma bela bainha em acabamento maia que tinha atrás da porta do quarto – presente do meu pai quando viajou pela América Central. Tendo pegado as chaves da moto e da casa (nunca se sabe se voltaria para lá) desci as escadas em direção à garagem. Subi na moto e dei a partida. Infelizmente não tinha um capacete para usar. O barulho do motor da moto deve ter alertado alguns zumbis na garagem, porque assim que comecei a acelerar vejo dois deles surgirem da curva e correrem em minha direção. Acelerei e baixei a cabeça em direção ao painel da moto. Naquele momento os dois emitiram aquele grunhido ao qual não havia me acostumado ainda, mas apesar de aquilo me gelar a alma, não recuei. Passei por entre os dois rapidamente, senti suas mãos frias e imundas arranharem minha mochila, mas não conseguiram agarrá-la. Quase bati com a moto na parede. Fiz a curva e sai pelo portão o mais rápido que pude.
Desisti da minha casa temporariamente. Isso foi o que aconteceu até agora, e a partir daqui, tudo o que acontecer vai definir como vai acabar. Para onde ir? O que fazer primeiro?
Acho melhor ir voltar pra casa do Vinicius, ver se ele está bem.
Desço a rua, viro a esquerda. O cenário de caos preenche totalmente a minha visão. Olho pelo espelhinho da moto, alguns zumbis tentam me seguir, mas param logo em seguida, parece que perceberam que não iam conseguir me alcançar naquela velocidade. Subo o viaduto e tento passar por entre os poucos carros parados. É meio apertado, mas acho que dá. Passo um, dois, três carros. Que droga, agora vai ser difícil conseguir, tem dois carros bloqueando a passagem. Tento pensar no que fazer... Já sei! Acelero a moto e tento levantar as pernas para evitar que batam nos pára-choques dos carros.
-Filho da p... – é, eu bati a canela na mala de um dos carros.
Passo pelo caminho apertado e vejo o resto do viaduto livre, estranho como aqui não tem uma viva alm... Caio no chão. Da onde esse filho da mãe surgiu? Tento empurrar ele com um das mãos enquanto busco minha faca com a outra. Sinto uma mistura de sangue e poeira cair no meu peito. Aquele zumbi devia ter atacado alguém há pouco tempo. As marcas de bala na camisa e os hematomas no rosto indicaram que a vítima tinha reagido. E se eu ficar mais um tempo pensando nisso a próxima vítima vai ser eu. Não vou deixar que um pedaço de carne podre me use como lanche! Empurro ele o mais forte que posso, mas ele volta na minha direção em busca do meu pescoço como se fosse um João Bobo. Não sei como, consegui segurar ele pelos cabelos, evitando que me mordesse. A uns poucos centímetros do seu rosto, quase consigo ver a carne dentro da sua boca apodrecendo, sua língua chicoteando em minha direção como se quisesse me envolver feito uma cobra. Seus olhos claros, com um tom cego me encarando me dão uma terrível sensação de mal estar.
Finalmente consigo tirar a faca do cinto, e num movimento circular atinjo a têmpora dele com toda minha força. Ele cai do meu lado com a boca ainda aberta, mas nem uma única gota d sangue sai do ferimento. Me levanto e retiro a faca encravada de sua cabeça numa só puxada. Não sei se consegui eer... vamos dizer matá-lo, então volto rapidamente para a moto, desembainho meu facão, me agacho ao seu lado e miro a lâmina em seu pescoço. Levanto os dois braços e desço rapidamente minha arma, separando completamente a cabeça do corpo. Melhor prevenir do que remediar. Só agora parei para reparar quem era, Marcos, o agora ex-segurança da rua do lado da minha. Não o conhecia muito bem, só cumprimentava quando o via. Sendo segurança, comecei a procurar por sua arma. Ah,  achei. Ele tem um revólver .38, todas as balas no tambor ainda. Tiro o coldre de seu corpo e coloco em mim, encaixando meu novo brinquedo nele. Volto-me para o cadáver decepado e pego o resto das balas guardadas no pequeno estojo de seu cinto. Com uma leve sensação de prazer por ter livrado o mundo de uma dessas criaturas nojentas, embainho meu facão e coloco-o nas costas. Melhor mantê-lo por perto. Faço meu caminho de volta para a moto.
“Pow”, recebo uma pancada nas costas. Caio no chão e vejo figuras humanóides borradas. Minha visão vai escurecendo até apagar.

domingo, 10 de outubro de 2010

Cidade maravilha, da beleza e do CAOS

Hoje, darei inicio a um fanfic, que óbviamente não é meu pois não sou tão foda. O fanfic é do meu amigo Erick Miojo \o Ele me mostrou só por mostrar, eu achei muito fodão e resolvi pedir pra postar aqui. Espero que vocês gostem, e se caso tiverem contos/histórias e afins e quiserem que eu poste, mandem por comentario ou e-mail que lerei seem duvidas. Aliás, postarei aqui conforme ele for fazendo os caps.

Capítulo I

Ouvia no horário do almoço o noticiário dizer que casos “particulares” de homicídios tinham aumentado consideravelmente. Algo do tipo pessoas contaminadas com uma mutação do vírus da raiva, mas nada confirmado. Era quase 15h, mais um pouco eu iria chegar atrasado na casa do Vinicius. Porque diabos eu ia querer ver o jogo entre Palmeiras e Santa Cruz? Mas ele me prometeu umas cervejas, então...
Desci até a garagem, coloquei a carne que havia comprado para o churrasco no banco do passageiro, e entrei. Eu tinha um modesto gol bolinha vermelho, era o que podia pagar.
Apesar de ter pego um pouco de transito e do calor de 37ºC ( ar condicionado pifado pra variar), consegui chegar a tempo.
-Mateus! Quase achei que não vinha...
-É... eu peguei um pouco de trânsito dentro do Rebouças.
-Bom, a churrasqueira está ali na varanda, pode deixar a carne ali do lado - disse ele num tom meio ansioso.
-Ouviu falar desses ataques? - perguntei.
Olhando para a tv como quem não presta muita atenção, sem saber direito o canal que procura, responde – Escutei algo a respeito sim, algo do tipo uns malucos saindo por ai mordendo as pessoas... minha ex-namorada não gostava nem quando eu mordia ela, imagina se lhe acontecesse isso! Ambos demos umas leves risadas.
O jogo começou às 17h. Andava meio parado como eu achei que seria. Não sei o que dá em uma pessoa que mora em plena zona sul do Rio de Janeiro torcer pelo Santa Cruz, mas enfim...
Como que numa incrível sorte para me tirar o tédio, no momento em que o centro-avante (cujo nome não me interessa nem um pouco) do time de meu amigo avançava pela grande-área, a transmissão é interrompida.
-Ah, só me faltava essa! – diz Vinicius saltando da poltrona num ataque de raiva – justo agora que ia ficar bom acontece isso!
“Interrompemos a transmissão para um comunicado importante. Novos casos de indivíduos contaminados com o que parece ser uma mutação do vírus da raiva foram reportados no centro da cidade” a imagem corta para uma câmera num helicóptero, mostrando pessoas sendo perseguidas por outras alucinadamente, umas sendo derrubadas e atacadas, enquanto outras somem da visão da câmera - “As centrais telefônicas estão sobrecarregadas com o número de ligações vindas de diversas partes da cidade. É recomendado que os cidadãos permaneçam em suas casas até segunda ordem.”
-Iiih, já viu que coisa boa isso não é.
-Também acho Vinicius, também acho...
Achei melhor ir embora, não queria pegar a hora do rush, mesmo achando um pouco tarde para isso.
Ao ligar o rádio do carro, parecia que todas as estações transmitiam a mesma coisa: todos deveriam permanecer em suas casas, os números de casos estavam aumentando e cientistas estavam no momento tentando achar uma cura para a doença, mas sem muito sucesso. Dizia também que as entradas e saídas dos túneis estavam bloqueados. Vinicius morava na Lagoa, único jeito de chegar em Laranjeiras onde moro, era por Botafogo, já que o Túnel Rebouças estava fora de questão. Passado o Humaitá e chegado Botafogo, me vi preso num amontoado de carros e uma grande correria pra lá e pra cá. Pessoas em desespero saindo de seus carros e correndo sem rumo, enquanto figuras quase humanas as perseguiam, algumas saídas dos mesmos carros das vítimas, talvez tivessem contraído o vírus e estavam a caminho do hospital? Quem sabe...
Não vendo muita saída dali, tentei dar ré, mas fui impedido por um EcoSport. Como se surgisse do nada, sinto algo ser arremessado contra a mala do carro. Olho para trás e vejo algo que gelou meus ossos. Era uma pessoa. Ela se debatia incontrolavelmente para se livrar de seu agressor, um infectado, que a dominava com suas mãos sujas de sangue, enquanto mordia seu pescoço fazendo borrifar um jato de sangue contra o vidro traseiro.
Apesar de aterrador, era algo do qual só consegui desviar o olhar quando uma mão bateu de encontro à janela do passageiro, escorrendo seus dedos sujos e deixando um rastro vermelho por onde haviam passado. A criatura se debruçou contra o vidro, e naquele momento toda a gritaria, todo o caos do lado de fora pareceu se emudecer aos meus ouvidos, fazendo-os escutar somente um único e terrível som. Aquele som morto, que ecoou nos meus ouvidos, que vinha do fundo de uma garganta que não era usada mais para comunicação. Só então pude ver com o que me deparava. Algo que antes era uma pessoa, com a pele pálida como se a vida já tivesse se exaurido de seu corpo. Sua mandíbula pendendo para baixo, a boca coberta de sangue fresco ainda escorrendo por entre os dentes. O rosto com alguns cacos pequenos de vidro encravados no nariz e testa, e os olhos, sua pior característica, que pareciam olhar através de mim e para mim ao mesmo tempo. Olhos mortos que não demonstravam expressão alguma, somente a de um predador ao avistar sua frágil presa.
É incrível como em segundos pode se perceber tanta coisa. E foram exatamente alguns segundos que tive para tirar o cinto e abrir a porta do carro, antes que o meu carrasco em potencial quebrasse o vidro e se jogasse para dentro do gol numa tentativa de me alcançar.
Corri o mais rápido que eu pude tentando não olhar para trás. O pânico havia tomado conta de todo meu corpo, e numa explosão de energia devo ter corrido uns cinco quilômetros em pouco tempo. Não escutando mais o caos em que me encontrava poucos minutos atrás, parei para respirar. Mas de novo escuto aquele som. Como se saísse de um pesadelo, o mesmo zumbi que antes me encurralara no carro havia corrido atrás de mim. Ele não parecia nem cansado, nem com sede, nem nada. Somente a fome era o que habitava aquela carcaça ambulante.
-Só pode ser brincadeira! – foi o primeiro pensamento que tive. Vi que não adiantava mais fugir. Ele se aproximava devagar, como um leão que se aproxima lentamente de um cervo para saborear mais o momento. Tive alguns segundos para dar uma olhada rápida no local e perceber uma barra de ferro que antes pertencia a uma placa de ponto de ônibus, que fora atingida em cheio por um carro. Sem pensar duas vezes agarro-a com as duas mãos. Ao perceber minha reação, se pôs a correr em minha direção, diminuindo a distância entre nós a uns poucos metros. Quando me vi perto o suficiente, avancei com toda a minha força com a barra de ferro contra o peito daquela coisa, encravando-a numa porta de metal atrás dele. Minha investida, porém, não pareceu ter surtido nenhum efeito contra aquele - me dá até receio de dizer essa palavra – zumbi. O ponto positivo foi que ele não iria a lugar algum, estava preso ali. Por sorte achei uma moto tombada no chão, abandonada. Lembrando dos meus dias de motoboy dei a partida e fui direto para casa, o mais rápido que pude, evitando os lugares onde havia sons de confusão.


sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Como você pensa e como ele pensa!

E se....

A vezes eu fico pensando, se tivessemos o poder de prever o futuro, de saber exatamente o que iria acontecer. Como seria o mundo? Como seraim as pessoas e suas atitudes? Elas tentariam mudar a maneira como as coisas aconteceriam? Ou seria tudo assim, tão previsível?
Talvez, se realmente pudéssemos saber o que nos espera, seria mais fácil agir, seriamos menos suscetíveis ao erro, nos magoaríamos com menos frequencia, teríamos o poder de decidir fazer da forma mais divertida,pois ja saberíamos o final, talvez aproveitássemos mais, talvez nem entrássemos em certas aventuras por já saber dos riscos.
Porém, creio na segunda hipótese, que as pessoas se acomodariam muito, que seria tudo muito previsível, não nos surpreenderiamos mais com algumas coisas, algumas atitudes, aliás, as pessoas já não nos iriam surpreender. E seria tudo muito sem graça, não estariamos mais nos arriscando, não saberíamos mais o que é 'o desconhecido'.
Gosto da vida como ela é, imprevisível, surpreendente, cada dia nos ensinando algo, cada dia nos mostrando como é viver, pois sem duvida alguma temos muito a aprender diáriamente, com as pessoas e com os acontecimentos, com as situações, com alegrias e tristesas, tudo tem um propósito.

Mas e você? Se você pudesse prever o rumo das coisas? O que faria?

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Sobre Frescuras

E o que dizer sobre meninas e suas frescurisses?

É inegável que toda garota é um pouco fresca com algo, principalmente na frente de garotos ou quando se trata de baratas. Eu particularmente sou pouco fresca, embora tenha gente que ache o contrário haha, mas conheço muitas garotas que fazem um escaandalo só de ver uma barata no chão, algo suspeito na comida, ou qualquer coisa do gênero. Vou por em tópicos algumas ocasiões em que as garotas se superam quando o assunto é esse.
  • Na mesa: É fato que garotos não se sentem intimidados enquanto estão comendo, e não se importam em falar sobre qualquer assunto, seja ele nojento ou não. Mas é mais fato ainda, que eles adoram falar sobre coisas bizarras quando se tem uma garota acompanhando, apenas para curtir a reação dela, que são variadas sem dúvida. Há garotas que perdem completamente a fome, ficam irritadas e armam o maior escândalo, como se eles estivessem fazendo a pior coisa do mundo. Porém existem outras garotas que entram na brincadeira e que as vezes conseguem superar as expectativas alheias.
  • No acampamento: Creio que esse seja campeão, a maioria das garotas não gostam de acampar, pois tem muitos insetos,  não gosta de dormir naquela barraca fria e com colchão duro,  não tem onde tomar banho, não tem banheiro descente, deve ter cobras na trilha noturna e muitos outros fatores que  as fazem sentir arrepios quando o assunto é acampamento, aí se você for homem e tiver uma namorada com essa característica e mesmo assim você insistir em levá-la, prepare-se para muito mimimi e cara fechada o final de semana inteiro.
  • Na cama: Esse é 'polêmico', garotas não admitem que são frescas na cama, inventam qualquer outra desculpa, mas NUNCA admitirá. Existem muitos fatores que fazem as garotas serem frescas na cama, seus princípios, higiene (ou a falta dela), vergonha, medo e insegurança. Mas o fato é que todo garoto odeia quando começamos com frescura na hora H, e acho que quebra meio o clima até que se perca a frescura. E o campeão durante o sexo, é a luz acesa e o oral... Incrivelmente, são os favoritos dos homens, que dizem adorar ver nosso rosto e corpo e que nunca negarão um bom oral
Talvez o mundo seria melhor se fossemos livres dessas frescuras, e se não nos importássemos tanto com pequenos detalhes. Não só para agradar mais os garotos, mas por questões de divertimento mesmo, deixem as frescuras de lado e vão ser felizes \o